sexta-feira, 15 de novembro de 2013

HOJE É FERIADO... MAS POR QUÊ? O QUE SE COMEMORA NESTE DIA?


CONCEITO - FORMAS DE GOVERNO
República, Monarquia e Anarquia

Aposto que se for perguntado o que se comemora hoje, 15 de novembro, poucas pessoas saberão responder.Talvez, alguns poderão até responder que e o dia da REPÚBLICA, mas, daí a saber o que é isso mesmo, o que significa? Difícil...
Bem, deixando isso de lado, àqueles que sabem e os que não sabem ou não lembram, vai um pouco de história...

Pra começo de conversa, REPÚBLICA é um sistema de governo, ou forma de governo em que um representante, ou seja, poder fica nas mãos do presidente, que foi eleito diretamente pelo povo.
 Em outras palavras, uma República  é uma forma de governo onde um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de estado, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país.

A origem da república está na Roma clássica, quando primeiro surgiram instituições como o Senado. A palavra república vem do latim Res publica e quer dizer "coisa pública".

Existem hoje duas formas principais de república:

1) República presidencialista ou presidencialismo - Nesta forma de governo o presidente, escolhido pelo voto para um mandato regular, acumula as funções de Chefe de Estado e chefe de governo. Nesse sistema, para levar a cabo seu plano de governo, o presidente deve barganhar com o Legislativo caso não possua maioria;

2) República parlamentarista ou parlamentarismo - Neste caso o presidente apenas responde à chefia de Estado, estando a chefia de governo atribuída a um representante escolhido de forma indireta pelo Legislativo, normalmente chamado "premier", "primeiro-ministro" ou ainda "chanceler" (na Alemanha).

 Uma monarquia é um regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca. O poder é transmitido ao longo da linha sucessória. Há os princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade. Pode haver algumas exceções, como no caso do Vaticano e da Polônia nos séculos XVII e XVIII, o chefe de Estado é eleito, mas ambos são considerados monarquias.

 O regime monárquico desenvolveu-se como uma extensão lógica da liderança absoluta de chefes tribais primitivos. Muitos dos primeiros monarcas, tais como os do Egito antigo, reivindicavam que governaram por direito divino. Entretanto, na propagação da monarquia européia durante a Idade Média, a liderança geralmente recaía sobre o nobre que poderia mais eficazmente reunir e comandar um exército.

A maior parte das monarquias é dinástica e hereditária, com o trono do país passando do pai para o filho mais velho quando o rei morre ou abdica. No passado, monarcas tomavam a decisão final absoluta sobre seus assuntos, severamente limitando a liberdade pessoal e econômica de todos os cidadãos, à exceção da nobreza e da aristocracia.

As monarquias existiram na maioria dos países da Europa por séculos, mas o descontentamento de cidadãos da burguesia, nobreza, clero e das classes mais baixas acabou crescendo, causando diversas revoltas e revoluções que derrubaram muitas delas. Em meados do século XIX, o poder dos monarcas europeus já tinha sido limitado, abrindo caminho para sistemas de governo mais participativos, como as monarquias parlamentaristas, as repúblicas parlamentaristas e as repúblicas presidencialistas.

Enquanto nas repúblicas a soberania nacional é confiada ao presidente da república, nas monarquias a soberania popular é confiada ao monarca. De acordo com os defensores da monarquia, o monarca é quem melhor desempenha o cargo de chefe de Estado, por ter sido preparado para ele, por não pertencer a nenhum partido político e por não depender de campanhas eleitorais e nem de financiamento eleitoral.


Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes são apenas protocolares e suas funções de moderador político são determinados pela Constituição, onde tem como função resolver impasses políticos, proteger a Constituição e os súditos de projetos-de-leis que contradizem as leis vigentes ou não fazia parte dos planos de governos defendidos em campanhas eleitorais. A chefia de governo é exercida por um primeiro-ministro, este é nomeado pelo monarca e é aprovado pelos parlamentares após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser derrubado pelo Parlamento por meio de uma moção de censura.

Anarquismo é uma palavra que deriva da raiz grega αναρχία — an (não, sem) e archê (governador) — e que designa um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceitdefendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.

Para os anarquistas, Anarquia significa ausência de coerção, e não ausência de ordem. Uma das visões do senso comum sobre o tema é na verdade o que se considera "anomia", ou seja, ausência de leis. O anarquismo não se relaciona com a prática da anomia. Os anarquistas rejeitam esta denominação, e o anarquismo enquanto teoria política nada tem a ver com o caos ou a bagunça.


  As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto à forma de organização social que disso resultaria.

Pois bem, depois de toda esta "aula" sobre republica,  e monarquia, vamos entender o que comemoramos aqui no Brasil neste dia 15 de novembro. SIM, A REPÚBLICA! E POR QUÊ? 

Outra aulinha especial: Há 124 anos, militares e algumas pessoas ligadas a eles se uniram para depor a monarquia, expulsar a família imperial do Brasil e impor a república. Entre estes militares estavam os MARECHAIS DO EXÉRCITO SENHOR DEODORO DA FONSECA E FLORIANO PEIXOTO, sendo eles próprios eleitos presidente e vice presidente respectivamente. 

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Governos Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (1889-1894): Início da República foi marcado crises políticas e econômicas


Vitor Amorim de Angelo, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Atualizado em 23/07/2013, às 11h58 / 23/03/2009 -21h34


A República foi proclamada no Brasil no dia 15 de novembro de 1889, pondo fim, então, a quase 70 anos de monarquia.

A questão republicana, que só ganhou mais espaço nos anos imediatamente anteriores à mudança de regime, teve grande relação com o tema do abolicionismo. A inclinação do imperador em direção ao fim da mão-de-obra escrava jogou os setores conservadores da sociedade, contrários à abolição, nos braços dos republicanos - adversários da monarquia. A República, portanto, nasceu com forte apoio conservador. Longe de ter um caráter popular e revolucionário, foi elitista e continuista em vários sentidos.

Deodoro da Fonseca, nosso primeiro presidente, não assumiu o cargo na condição de histórico defensor da República. Pelo contrário, mantinha boas relações com o regime monárquico e o imperador. Mas as circunstâncias o haviam feito entrar em atrito com o Império. Não por ser republicano, mas, sim, militar. E quando a República passou a ser vista como a única alternativa para a questão militar, então Deodoro, apoiado pelos republicanos (que buscavam aproximar-se de um líder de prestígio entre os militares), decidiu-se pelo novo regime.

Governo provisório

A Proclamação da República exigiu a reorganização do poder e da estrutura governamental, de modo a adequá-los àquele novo momento. Porém, os conflitos envolvendo o Exército não haviam desaparecido junto com o Império. E um fator novo apareceu: toda manifestação passou a ser acusada de conspiratória e de estar ligada à restauração da monarquia - mesmo as que não tivessem absolutamente esse intento. Foi assim que Deodoro começou a apontar suas armas para a imprensa, acusando jornais de fazerem propaganda anti-Republicana. A censura foi instituída, mostrando, então, a face autoritária do novo governo.
A mudança de regime também ocorreu num momento de crise econômica. Assim, as transformações políticas passaram a estar associadas à expectativa de solução dos problemas na economia. Rui Barbosa, primeiro ministro da Fazenda do período, lançou uma política econômica que ficaria conhecida como encilhamento. Essa política, de incentivo à emissão de papel moeda, a fim de equacionar a falta de dinheiro para pagar a massa de assalariados e, ao mesmo tempo, viabilizar o processo de industrialização, acabou levando o país a uma crise sem precedentes. Inflação, empresas quebradas, investidores falidos marcaram aquele momento.

Na esfera política, o presidente deu início aos preparativos para formular a primeira constituição republicana, com a formação do Congresso Nacional Constituinte, responsável por discutir e aprovar o projeto encaminhado pela comissão instituída pelo governo. O Congresso foi formado exatamente no primeiro aniversário da República, em 15 de novembro de 1890. Cerca de três meses depois, aprovou a nova constituição brasileira - a segunda de nossa história. No dia seguinte, 25 de fevereiro de 1891, Deodoro foi eleito e empossado presidente da República.

Eleição e renúncia de Deodoro

MARECHAL DEODORO DA FONSECA E FLORIANO PEIXOTO
A confirmação do nome de Deodoro da Fonseca para presidente foi cercada de grande tensão. Com outros nomes de peso em jogo, como o do republicano histórico Prudente de Morais, temia-se que uma derrota do marechal pudesse levá-lo a dar um golpe de estado e mesmo a restaurar a monarquia, da qual ele não era ferrenho adversário.

O período constitucional do governo Deodoro, entretanto, durou apenas 9 meses, sendo interrompido pela renúncia do presidente, em meio a uma crise política e econômica. Na economia, os efeitos do encilhamento comprometeram seriamente os apoios ao governo. Na política, fatos novos ocorreram naquele meio-tempo.
Deodoro precisou escolher, nas províncias, quais grupos políticos iria apoiar. Os preteridos pelo presidente logo se colocaram na oposição. Em 1891, apoiaram Floriano Peixoto para a Presidência. Mas com a vitória de Deodoro, o marechal logo destituiu do poder as forças que lhe faziam oposição. No entanto, no Congresso Nacional a composição ainda era desfavorável. Ali Deodoro não tinha uma base sólida. Foi quando decidiu fechar o Congresso, em 3 de novembro de 1891. Vinte dias depois, pressionado pela Revolta da Armada, Deodoro da Fonseca renunciou, assumindo, em seu lugar, Floriano Peixoto.

Vice assume a Presidência

O governo de Floriano Peixoto não foi menos agitado que o de Deodoro, mas, em contraste com o anterior, o novo presidente conseguiu sufocar todos os focos de oposição - sendo, por isso, tido como o Consolidador da República. Segundo a Constituição de 1891, em caso de renúncia do presidente, antes de completados dois anos de mandato, novas eleições deveriam ser convocada pelo vice. Mas Floriano decidiu completar o quatriênio para o qual Deodoro havia sido eleito, o que provocou reações entre os militares. E a mais importante delas, sem dúvida, foi a segunda Revolta da Armada.

O novo presidente também destituiu todos os governadores que apoiavam Deodoro da Fonseca. Essa medida foi especialmente polêmica no Rio Grande do Sul, onde uma grave crise política se instalou em razão da disputa pelo poder naquela província. Mais tarde, esses grupos protagonizariam a chamada Revolta Federalista, movimento que também foi sufocado por Floriano Peixoto.

PRUDENTE DE MORAIS
Seu governo, assim, completou o primeiro quatriênio da República brasileira. Período conturbado política e economicamente, que derrubou o primeiro presidente e valeu ao segundo a alcunha de Marechal de Ferro, pela maneira tenaz com que reprimiu todos os focos de oposição ao seu governo. Em 1894, Floriano transmitiu o cargo a Prudente de Moraes, republicano histórico e primeiro presidente civil do novo regime.

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