Dificuldade de aprendizagem
Ø O desenvolvimento e a aprendizagem começam no momento em que a pessoa nasce e se relaciona com as necessidades, sentimentos e potencialidades.
Ø O desenvolvimento afetivo depende das atitudes da família e do interesse em fazer com que o sujeito aumente suas possibilidades como ser humano e seja independente.
Ø A criança precisa de estímulos externos para crescer forte e feliz.
Ø Ela precisa sentir-se amada, amparada e protegida desde o nascimento.
Ø Necessita criar sua identidade própria; saber que ela é única e independente.
Ø É essencial que haja um processo de desenvolvimento evolutivo que começa no momento do nascimento e dá lugar a uma personalidade madura e harmônica graças à combinação de diversos fatores; como o desenvolvimento psicomotor, que ajuda a criança a ampliar o seu meio físico, iniciando sua etapa de exploração do lugar, de independência; também o desenvolvimento intelectual, quando a criança interioriza aquilo que aprendeu,quando suas estruturas cognitivas já estão começando a se formar; e também, o desenvolvimento afetivo-social, que permite estabelecer relações com os demais, ampliando e enriquecendo seu processo de socialização, e por último, as experiências transmitidas pela família, escola e sociedade; contribuição para que esse sujeito alcance maturação.
Ø A criança precisa de um modelo em que possa se espelhar para crescer, formar sua própria personalidade. Esse modelo precisa ser positivo e que satisfaça as necessidades da criança.
Ø O principal objetivo do processo de aprendizagem da pessoa é a formação integral.
Ø A família é o primeiro meio social em que a criança vive.
Ø O carinho, amor e a atenção podem curar até doentes.
Ø Os psiquiatras afirmam que os braços entrelaçados de mães, pais e filhos é um remédio que pode ser ministrado para garantir a saúde dos pequenos.
Ø Os psicanalistas afirmam que as crianças com falta de amor estão condenadas ao sofrimento.
Ø Dar carinhos e amor é eficaz para o desenvolvimento da criança, porém, a superproteção pode causar danos gravíssimos, tornando – a frágil, sem personalidade definida, dependente, no entanto, a sua, falta pode tornar esta criança desequilibrada emocionalmente.
Ø O conceito de afetividade, em seu sentido estrito é a resposta emocional e sentimental de uma pessoa a um estímulo, a uma situação.
Ø De acordo com os psicólogos de introspecção, há diferenças entre emoções, sentimentos e paixões.
Emoções: refere-se a estados afetivos que chegam de repente como crises mais ou menos violentas e mais ou menos passageiras
Ø Sentimento: corresponde ao estado afetivo, complexo, estável e mais duradouro
Ø Paixão: é a mistura dos dois, pois revela emoção e sentimento. Algo que possui a intensidade da emoção e a estabilidade do sentimento.
Ø As emoções são reguladas pelas convenções sociais e culturais. Elas sofrem influencias genéticas, da própria vivência e as situações de aprendizagem que o indivíduo passa e também o seu amadurecimento.
Ø As diferentes emoções aparecem progressivamente ao longo do desenvolvimento psicológico da criança e é vínculo entre os sentimentos, o caráter e os impulsos morais.
Ø São os pais os encarregados de proporcionar aos seus filhos as condições para que estes desenvolvam condutas de segurança em si mesmas. Isso vai ocorrendo gradativamente ao longo dos primeiros anos da criança.
Ø A família continua sendo o meio psicológico e social da criança durante o primeiro ano de sua vida e o centro desta referência é a mãe. Neste período a criança começa a compreender certos detalhes, como uma promessa que pode demorar a ser cumprida ou mesmo não acontecer, mas jamais consegue entender quando elas são falsas, portanto, elas não conseguem entender as mentiras.
Ø Nessa idade as crianças vivem ansiosas, pois percebem que necessitam da presença dos adultos, sobretudo daqueles de quem dependem, então sentem sua ausência, sofrem com seus atrasos, elas têm o medo de perder aquele de quem sentem o afeto.
Ø Aos 2 anos de idade, a criança já tem maior autonomia e algum amadurecimento fisiológico lingüístico e motor, ou seja, normalmente já fala, já sabe ir ao banheiro, consegue controlar sua vontade de urinar e evacuar; já sabe pedir ou informar dessas situações, já anda bem mais independente dos adultos.
Ø Entre 4 e 5 anos esta criança já tomas iniciativas de comportamento, já começa a compreender o certo e o errado, já entende o que pode ou não pode. É o momento em que já avaliar suas conquistas educacionais.
Ø Com o tempo, conforme vai crescendo, a criança tem certeza que o adulto é quem tem o poder de elogiar, impor normas, criticar; nesse momento ela sente conscientemente o peso da rejeição, da desaprovação, do elogio ou das demonstrações de carinho.
Ø Quando essa criança tem a certeza de que é o adulto quem manda, quem elogia ou critica, ela demonstra a imagem que tem de si mesma, sua insegurança e inadaptação.
Ø No caso em que ela aprende que o elogio e a aceitação são demonstrações de carinho, a criança se sente apoiada e querida e sua auto-estima aumenta, sua adaptação e amadurecimento são adequados, desenvolvendo suas áreas de comunicação, socialização e autoconceito sem dificuldade, a criança assim se manifesta de forma positiva em todas as suas tarefas.
Ø Aos 6 anos a criança já tem as suas “sociedades” infantis, ou seja, elas tem o seu grupo de amigos, são mais autônomas, neste momento, os educadores e os pais devem estimular essas relações.
Ø Aos 8 e 11 anos, elas começam a manifestar os transtornos da vida afetiva por meio das dificuldades de aprendizagens. Percebe-se isso claramente quando esta criança até então demonstravam um avanço satisfatório em seu aprendizado, então suas notas começam a decair sem nenhuma justificativa plausível.
Ø O fim da infância e o inicio da adolescência é o momento da formação da personalidade, neste momento, a importância de uma família equilibrada tem influência notável no desenvolvimento do sujeito.
Ø No momento de sua entrada na adolescência, o sujeito não consegue aceitar nenhum domínio ou qualquer coisa que sugira que pareça criança, pois não se sente mais assim. Nestas situações de suas vidas afetivas, há um desejo de liberdade, não gosta mais de ficar perto dos adultos da sua família, tem vergonha deles, critica-os e a distancia de comunicação começa então a surgir.
Ø Durante a adolescência, o momento de grandes mudanças e exteriores do indivíduo, ele precisa muito da estrutura familiar equilibrada, se ela vier de uma família onde a carência afetiva era vivida, se havia falta de atenção dos pais, seu rendimento escolar já era baixo, assim, sua personalidade e suas relações sociais serão afetadas negativamente.
Ø Os agentes sociais são muito importante na formação da personalidade do sujeito. A relação que a criança tem com o meio em que vive, com sua família, escola e sociedade reflete em seu jeito de ser, no seu aprendizado.
Ø Para que ela alcance autonomia e maturidade adequada e se torne responsável, a influência positiva familiar é muito importante.
Ø A família é base importante na formação da criança e sua aprendizagem. A imagem paterna neste caso é muito importante na formação de sua personalidade. O exemplo que ela receber desta família, a convivência entre seus pais harmoniosa, fará com que se espelhe nele e futuramente queira ser como eles. Essa influência traz motivação para esta criança querer aprender, encoraja a querer conquistar seu espaço como seus pais o fizeram.
Ø Caso a influência da família não seja positiva, um lar de brigas e falta de respeito causará um efeito negativo no desenvolvimento da personalidade da criança.
Ø Ela sente o peso de ser “juiz e vítima” do comportamento paterno, neste caso, seu desenvolvimento evolutivo fica prejudicado e isso influencia em seu rendimento escolar.
Ø A quantidade de membros na família, assim como a posição que cada um ocupa, se é basicamente feminino ou masculino, vai influenciar no modo de ser e ver a vida da criança e naturalmente no desenvolvimento de seu aprendizado.
Ø A escola tem grande influência na formação da criança, não só no aprendizado das matérias ou disciplinas, mas na própria convivência social na formação da identidade pessoal, que vai regulando Gradativamente e determinando a conduta infantil.
Ø Além de construir o autoconceito e a auto-estima, a escola contribui para desenvolver a capacidade intelectual da criança.
Ø Quando as crianças apresentam opiniões positivas de si mesmas, sobre suas capacidades pessoais relacionadas às tarefas escolares, conseguem obter melhor resultado e isso influencia em seu autoconceito acadêmico e aos seus êxitos ou fracassos futuros.
Ø Segundo estudos, é importante que a criança seja incorporada ao mundo escolar, assim, ela aprende que existe outro mundo social além daquele em que ela vive em seu núcleo familiar. Neste novo mundo ela aprende entre outras coisas a enfrentar os novos desafios. Nessa etapa, o desenvolvimento físico, motor, lingüístico e social vai sendo desenvolvido e auxilia na formação da sua personalidade.
Ø O professor procura ensinar o aluno a conviver.
Ø Educar é socializar.
Ø Um dos principais objetivos do ensino fundamental é fazer os alunos interiorizarem regras básicas que regulem a convivência social.
Ø O papel do professor nesta fase da vida da criança é primordial para que ela perceba que pode contar também com o professor- que não é pai, nem mãe- mas que está ali para orientar, aconselhar, educar.
Ø Os pais devem estar muito presentes neste momento e em todos que se relacionam com os filhos não só em casa, mas também na escola.
Ø Por ser um ser social desde o nascimento, a criança precisa desta convivência para se desenvolver.
Ø Na convivência com pessoas, a criança estabelece uma relação em que tanto suas necessidades biológicas como sociais vão sendo moldadas. A convivência com seus colegas de classe, faz ela aprender tanto quanto ensina.
Ø O desenvolvimento afetivo é importante no desenvolvimento social e da personalidade em geral desde o nascimento até a vida adulta do indivíduo, isso é construído através da figura do apego.
Ø A educação familiar é responsável pelo comportamento social que a criança terá em sua vida social, dependendo de como foi, se viveu em ambiente harmonioso, afetivo e equilibrado, ou se por outro lado, viveu em ambiente cheio de conflitos, sem muita afetividade, tenderá a rejeitar a convivência social.
Ø Apego: definido como conjunto de sentimentos ligados às pessoas com as quais se convive.
Ø O apego influencia no sujeito, transmitindo sentimentos de segurança, bem-estar e prazer gerados pela proximidade e pelo contato com eles.
Ø O sentimento de apego se desenvolve ao longo do primeiro ano de idade da criança; é o resultado da interação privilegiada entre a criança e seu grupo reduzido de adultos.
Ø O apego pressupõe a construção de um modelo mental.
Ø Dependendo de como ela foi criada, sua relação com a figura do apego. A criança, ao ser entrar na escola, amplia seus contatos, mas necessita ainda da figura familiar a lhe proteger, dar motivação, o que influenciará no seu aprendizado futuro.
Ø O apego continua com a permanência na escola, quando ela amplia seu grupo de relacionamentos e adiciona colegas, professores ao numero de figuras de apego já consolidas.
Ø Essa situação continua na adolescência também.
Ø Conforme adquire autonomia pessoal o sujeito se emancipa da família, essa emancipação ocorre de forma diferente em cada sujeito.
Ø Paralelamente à emancipação familiar, o adolescente estabelece laços mais estreitos com o grupo de colegas: primeiro a turma de um só sexo, mas tarde a turma de sexos diferentes.
Ø Em seguida, essa mesma pessoa se desliga do grupo e consolida relações entre casais.
Ø Na fase da adolescência é basicamente quando o indivíduo mais precisa da presença do pai e da mãe, embora eles se mostrem arredios e digam que não querem intromissões em suas vidas.
Ø A figura do apego aqui é novamente citada como algo positivo. Não é vista como algo direto e individual, mas é captada pelo sujeito como algo coletivo. Neste sentido, quem vai protegê-lo agora é o grupo onde está inserido. É quando a opinião dos “amigos” é a que conta.
Ø As causas para os transtornos afetivos podem ser os conflitos familiares, na escola, com os amigos e a conseqüência geralmente pode ser o baixo rendimento escolar, a agressividade, a hiperatividade, atitudes anti-sociais.
Ø As características culturais da família assim como a situação econômica, entre outros fatores, são algumas das possíveis causas que provocam os transtornos afetivos.
Ø Os transtornos podem ser agrupados em dois blocos: externalização e internalização.
Ø Externalização: Se refere a condutas agressivas, delituosas, problemas sexuais, condutas hiperativas;
Ø Internalização: Se refere a condutas neuróticas, esquizóides e obsessivas, neste caso, a primeira vítima é o próprio sujeito.
Ø O indivíduo que passa pela situação acima (internalização ou externalização) dos problemas, demonstra o desenvolvimento de imaturidade que provoca alterações comportamentais e dificuldade de aprendizagem, cujas características são a defasagem entre idade cronológica e idade mental, desconhecimento de si mesmo, instabilidade emocional manifestada em mudança brusca de estado de ânimo, pouca responsabilidade, má percepção da realidade,ausência de projetos de vida, falta de maturidade intelectual, pouca ou nenhuma educação da vontade, critérios morais e éticos instáveis.
Ø As crianças que apresentam estas características desenvolvem transtornos comportamentais que vão atrapalhar a sua aprendizagem.
Ø Criança que não conseguem arriscar quando tem chance de êxito, ou impõe-se uma tarefa que é claramente impossível de se conseguir, ou crianças que mudam de humor rapidamente, a ponto que as pessoas não sabem exatamente como lhe dar com elas; ou crianças que não se adapta a lugar nenhum, sempre se afastando ou afastando os outros;crianças que não fazem o mínimo esforço para resolver suas tarefas;crianças ou jovens sem projetos de vida, sem meta; crianças ou jovens incapazes de processar uma informação; criança ou jovem fácil de manipular, mal perdedor, não sabe e não entendem uma frustração, crianças sem noção de ética e moral, imaturas, segue a moda sem saber emitir sua própria opinião, sem censo crítico.São crianças que facilmente vão apresentar dificuldade de aprendizagem, com baixo aproveitamento e para tentar mudar este quadro, deve-se aplicar programas psicoeducacionais de intervenção.
Ø As causas dos desajustes sociais e problemas de afetividade, de relacionamentos que conseqüentemente geram dificuldade na aprendizagem é o núcleo familiar problemático, com brigas, ou desfeito. Neste caso, a criança sente tanto que chega a achar que ela é culpada pelas desavenças em casa, pela separação dos pais.
Ø Algumas vezes a falta de afeto vem de um núcleo familiar deteriorado, agressivo, com freqüente disputa dos pais diante dos filhos
Ø Ocorre também o caso de uma família cujos pais são severos de mais, moralista o que gera um clima de ansiedade, insegurança ou mesmo os pais que são tolerantes de mais, não impõe limites, os filhos sempre fizeram o que quiseram sem nenhuma censura, não tendo um ponto de referência a respeito de normas ou condutas.
Ø A insegurança é a causa do desenvolvimento neurótico da personalidade, esta síndrome pode durar até a vida adulta se as vivências de privação afetiva forem contínuas, piora se a situação vier acompanhada de maus tratos.
Ø Maus tratos – definido nos EUA como dano ou tratamento prejudicial para o bem-estar de uma criança ou para sua saúde física ou psíquica pelo comportamento ou omissão dos pais ou pessoa responsável pelo cuidado e bem-estar da criança.
Ø Normalmente os pais acreditam que a única maneira de educar uma criança quando ela comete uma falta, é o castigo físico. Normalmente o faz quando se sente irritado e então desconta na criança, esta associa o castigo ao estado de ira do adulto e não a falta cometida.
Ø Outra forma de maus tratos é o abuso sexual que geralmente ocorre em famílias sócio econômico baixo, mas ocorre também em família sócio econômico médio ou baixo.
Ø A origem dos maus tratos é social, econômica e cultural.
CÍCERA MARIA
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