sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Final do julgamento: Lindembergue Alves condeado a 98 anos de prisão

O código penal brasileiro não permite mais de 30 anos de reclusão e ainda têm os atenuantes, como a redução da pena por trabalho enquanto cumpre a pena, ainda o tempo que ficou preso, no caso, 3 anos e 4 meses que ele ficou preso aguardando o julgamento. Bom comportamento, trabalho pela comunidade, etc; ele fica preso por apenas entre 15 e 25 anos. Pouco pelo crime que ele cometeu. Na verdade, se ele ficasse em prisão perpétua, mesmo assim, não seria o bastante. Afinal, quem sofreu a maior pena? A mãe de Eloá, ela ficou sem a filha tão precocemente.

E vocês, o que acham disso? Está na hora do código penal e civil brasileiro mudar? Crimes como este, considerados hediondos, deveriam ter prisão perpétua?
E ainda corre-se o risco de em datas como dia das mães, Natal e outras, também essas pessoas que cometeram esses crimes,  conseguem o direito de terem indultos e saírem para voltar a noite (muitos simplesmente não retornam e ainda cometem mais crimes!)
Bem, dêem sua opinião a respeito.

VEJA NOTÍCIAS SOBRE O ASSUNTO.

SITE : :http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=385090

Lindemberg Alves é condenado por morte de Eloá

16/02/2012 - 17h15  > Folha Online

Lindemberg Alves Fernandes, 25, foi condenado nesta quinta-feira pela morte de Eloá Pimentel, 15, sua ex-namorada. O crime ocorreu em 2008, após a adolescente ter sido mantida em cárcere privado por mais de cem horas no apartamento onde morava, em Santo André (Grande SP). Os jurados reconheceram todos os crimes.

O júri era formado por seis homens e uma mulher. A pena ainda não foi divulgada. Pela lei brasileira, ele não pode ficar preso por mais de 30 anos. Caso a soma das penas exceda este limite, elas devem ser unificadas.

O julgamento que levou à condenação do rapaz durou quatro dias e foi marcado pelo depoimento do réu, que falou pela primeira vez sobre o caso, e também por discussões e ameaças de abandono do plenário da advogada de defesa.

Lindemberg confessou ter atirado contra Eloá, mas disse que não planejou crime. Disse ainda que tinha reatado o namoro com a garota dias antes e que ela o havia traído.

Em um dos momentos polêmicos do julgamento, a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad chegou a falar que a juíza Milena Dias deveria voltar a estudar. Assad foi hostilizada na frente do fórum e criticou a imprensa. No terceiro dia de júri, a promotora Daniela Hashimoto pediu que o público não confundisse os atos do réu com o trabalho da defesa.

A decisão da advogada de Lindemberg de convocar em cima da hora a mãe de Eloá como testemunha de defesa também causou comentários. No momento do depoimento, Ana Cristina Pimentel foi dispensada pela própria advogada. No pouco tempo em que ficou no plenário, a mãe de Eloá encarou o réu e disse estava disposta a falar.

A estratégia da defesa foi tentar mostrar que houve falha da PM no caso e que o clima dentro do apartamento era mais ameno.

Ao todo, foram ouvidas 13 testemunhas nos quatro dias de julgamento. Entre as pessoas ouvidas estão os três amigos de Eloá que estavam no apartamento invadido por Lindemberg em outubro de 2008. Também foram ouvidos os dois irmãos da garota, que demonstraram muita emoção e lembraram do relacionamento conturbado que ela mantinha com o réu.

Já os policiais ouvidos reafirmaram que a invasão do apartamento ocorreu apenas após ter sido ouvido um disparo de arma de fogo no interior do imóvel. Durante a ação, Eloá e sua amiga Nayara Rodrigues --que também tinha 15 anos à época-- foram baleadas. O capitão Adriano Giovanini, do Gate, também afirmou que, durante a negociação, percebeu que Lindemberg espancava Eloá e, desde o início, dizia que mataria a jovem e cometeria suicídio.

Lindemberg ficou sem algemas durante todo o julgamento e foi acompanhado por dois PMs armados. Ele demonstrou pouca reação durante o júri, sorriu uma vez para um dos irmãos de Eloá, com quem tinha amizade antes do crime, e para familiares dele que acompanharam o júri.
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JORNAL DO BRASIL: site: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/02/17/

Familia-de-eloa-publico-e-promotora-comemoram-condenacao/


Família de Eloá, público e promotora comemoram condenação 
A família de Eloá Cristina Pimentel, morta em 2008 após ser mantida em cárcere privado pelo ex-namorado, comemorou na noite desta quinta-feira a condenação de Lindemberg Alves Fernandes. "Justiça foi feita, graças a Deus", disse Ana Cristina Pimentel, mãe da vítima. Ao ouvir a sentença de 98 anos e 10 meses de prisão, ela abraçou o filho Ronickson e os dois choraram. A sentença foi celebrada também pelos advogados da família e pela promotoria, que consideraram a decisão fundamentada.

Muito emocionada, a mãe de Eloá agradeceu o trabalho dos advogados, da promotoria, da Justiça e da imprensa. "Nada vai suprir a minha dor", afirmou, antes de deixar o fórum. A mãe de Nayara, Andreia Rodrigues, disse esperar que sua filha, que foi baleada no desfecho do cárcere, possa retomar a sua vida. Questionada se perdoava Lindemberg, ela respondeu: "não sou eu que tenho que perdoar. É Deus."

Mais de 300 pessoas acompanhavam o final do julgamento do lado de fora do prédio. Com o anúncio da condenação, o público comemorou e gritou "justiça" e "é, é, é, volta para Tremembé", em referência à penitenciária de Tremembé, onde Lindemberg está preso. Ele ouviu a sentença de cabeça baixa e foi retirado do plenário assim que a leitura terminou.

A promotora Daniela Hashimoto saiu aplaudida do fórum. Ela também comemorou a decisão dos jurados. "Entendi que foi a resposta da sociedade para dar um basta a essa banalização da violência", disse. Ela afirmou também que esperava que a sentença pudesse confortar as famílias das vítimas.

"No meu entendimento, a juíza fundamentou com toda a sabedoria a sentença", afirmou a promotora, acrescentando que Lindemberg tentou manipular os jurados. "Ele foi dissimulado e arrogante, e demonstrou a personalidade que ele realmente tinha", disse.

A promotora ainda elogiou a atuação da defesa de Lindemberg, mas acrescentou que ela pode responder por crime contra a honra devido à afirmação de que a juíza Milena Dias deveria "voltar a estudar". "Atuação da defensora foi bastante combativa. Eu diria que ela usou todos os recursos jurídicos possíveis." Daniela finalizou dizendo que não acredita na anulação do júri.

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Por Cicera Maria
Coord. Prog. Escola Aberta- CEBS
tel: 2333-6565/6566

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