sábado, 7 de julho de 2012

GREVE É MANIFESTAÇÃO DE INSATISFAÇÃO DO TRABALHADOR,
POR QUE EXISTE GREVISTAS? POR QUE SE FAZ GREVE?
Naturalmente  é porque o trabalhador não está satisfeito, e quando opta pela greve, é porque já houve várias tentativas de conversas com o patronado e não se chegou a nenhuma solução.
Esta é uma atitude cidadã. Aliás, será que alguém aí se recordo do que é cidadania? Praticar cidadania não é só votar, ser solidário ou reclamar de política.
Conforme Karl Marx e Rousseau que em sua filosofia, discorre sobre a filsofia e a ética, A noção de cidadania enquanto participação cívica da população nos  negócios públicos, como momento de deliberação das questões que dizem respeito a toda coletividade 
 Em certos aspectos, Rousseau como Marx  comungam  do mesmo  pensamento, como na divisão política  imposta pela economia para que se gerencie as relações sociais e os meios de produção, mas a construção da cidadania é um fenômeno que pressupõe a garantia de certos direitos fundamentais. Para tanto, a concepção de cidadania marxista e rousseauniana tem como objetivo a exaltação dos direitos do homem em sociedade, deliberando sobre os assuntos que dizem respeito à coletividade.  
 A cidadania constitui o exercício dos direitos civis e políticos que o individuo dispõe, juntamente com as prerrogativas sociais para salvaguardar seu bem mais valioso: a vida, segundo o pensamento de Rousseau e Marx. Nessa acepção jusfilosófica de atribuição da cidadania, o cidadão que estiver no gozo dos  direitos cívicos (jus civitatis), bem como no exercício do direito de vontade ou eleição (votar e ser votado), para ocupar cargos públicos e para  manifestar suas opiniões sobre o governo do Estado pode assegurar a prerrogativa de reivindicar direitos sociais, pois estas garantias são conquistas históricas de lutas em defesa dos interesses e dos direitos difusos da população, constituindo-se assim, numa ordem valorativa para  todos, erga omnes. Na  verdade,  a  cidadania  é  um  exercício  de  participação  dos  cidadãos  nos  negócios públicos, tendo a democracia (demo – povo cracia – governo) como fundamento para deliberação dos interesses comuns por todos os cidadãos, trata-se do consensus omnium (consenso de todos), para que a democracia e, conseqüentemente a cidadania atinjam a todos participativamente, por intermédio de garantias legais e políticas sociais eficazes. As idéias que surgem com os iluministas franceses, mais tarde com os socialistas utópicos e os marxistas são de respaldo para construção da cidadania e da nacionalidade como  elementos determinantes para o respeito a dignidade humana, no âmbito político, social e econômico.
    A  cidadania  pressupõe  a   idéia  de  salvaguarda  de  direitos  e  deveres,  bem  como  da participação  ativa  para  que  estes  não  se  tornem  letra morta.  Sendo assim, a concepção de cidadania  pode  ser  fundamentada  em  dois  dos  mais  conhecidos  pensadores  políticos  da história,  indistintamente comunistas, cada um fundamentado segundo sua teoria filosófica.
    Jean-Jacques   Rousseau  (1712-1778),   defensor    da    democracia   direta    através do contratualismo social  e Karl Marx (1818-1883), articulador  do  comunismo, tendo como rito de passagem a fase da ditadura do proletariado para se  chegar  ao  comunismo  maduro,  onde será  aplicado  o  princípio “de  cada  um segundo suas possibilidades, cada  um  segundo suasnecessidades” (LOWY, 1988, p. 63).
    Em certos aspectos, Rousseau como Marx  comungam do mesmo pensamento, como na divisão  política  imposta pela economia para que se gerencie as relações sociais e os meios de produção, conforme destaca Machado (1991), mas sem dúvida, o tema da bondade natural é um aspecto dos mais comuns entre ambos, ressaltado nestes termos:
    Marx sustenta que os membros da espécie humana são naturalmente propensos   à   cooperação,   quando   não    afetados   por    relações alienantes. Essa tese, de  inspiração  rousseauniana (bondade natural do homem),  é   um  dos  fundamentos da teoria do proletariado  como classe universal,  cuja revolução conduzirá à superação da  sociedade de classes,   bem como à possibilidade de se constituir uma sociedade comunista, em  que se superem todas as formas sociais  de  alienação (MACHADO, 1991, p.167).
    É importante destacar que, suas principais idéias não ficaram apenas no plano  teórico,  já que o contratualismo rousseauniano serviu de fundamento aos ideais revolucionários franceses (1789) e às constituições democráticas modernas. 
    Dessa forma, Marx e Engels foram os responsáveis pelas idéias que serviram para a  construção do modelo político-econômico-social  do socialismo burocrático implementado na  ex-União Soviética e demais países do bloco socialista.   
    A cidadania em Rousseau e Marx  apresenta  algumas  distinções  importantes a  destacar, quanto a compreensão e a finalidade que  são atribuídas ao Estado: direitos do homem,  liberdade, cidadão, convenções sociais etc. Entretanto, o cerne da cidadania que é a participação  ativa  dos  cidadãos  e  a  co-responsabilidade mútua,  estes  concordam, numa palavra,  a  sua  tarefa  consiste em tirar ao homem as suas próprias forças e dar-lhe em troca forças alheias que ele só poderá utilizar com a ajuda dos outros homens”  (ROUSSEAU apud MARX, 1975, p.63).   
Assim, quando vemos notícias como essas, ficamos pensando, no que faz estas coisas acontecerem?
Termina em confusão manifestação de alunos das federais em greve
Por Juliana Castro (juliana.azevedo@oglobo.com.br) | Agência O Globo – 6 horas atrás
RIO - Acabou em confusão o protesto de universitários durante a inauguração do programa "Minha casa, minha vida", em Triagem, na manhã desta sexta-feira (6). Alunos da UFF, UFRJ, IFRJ, Unirio e Uezo aproveitaram a agenda política da presidente Dilma Roussef no Rio e foram ao evento cobrar mais investimento em educação. Ao tentar conter os manifestantes, que atrapalhavam o discurso da governante bradando gritos de guerra, seguranças rasgaram cartazes e jogaram no chão, celulares de estudantes. Alguns dizem terem sido agredidos.
Os universitários cobravam da presidente a aprovação da nova meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que destina 10% do PIB para o setor, já aceita pela Câmara. Repetidamente, durante o discurso, eles gritavam em coro: "10% do PIB para a educação, aprovamos na Câmara e não abrimos mão".
Os estudantes criticaram a abordagem truculenta dos seguranças. Durante o tumulto, eles arrancaram o celular das mãos de uma repórter do GLOBO e o jogaram no chão. O aparelho foi quebrado.
- A gente não esperava ser agredido daquela forma. Fizemos uma manifestação pacífica, com cartazes e cantos. Nada que justificasse aquela resposta. Uma menina levou um soco. Ficamos muito assustados, pois só queríamos pedir o maior investimento na educação, que é uma das principais bandeiras da greve - diz Graziele Monteiro, estudante de Letras da UFRJ e integrante da União Nacional dos Estudantes (UNE).


CÍCERA MARIA

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