SEXTA FEIRA SANTA
A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a
Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o
julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de
diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo
aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A
mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a
partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava
o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de
referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira
após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o
equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e
23 de abril.
[editar]Igreja Católica
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo
pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e
contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se
celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial
Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte
(Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de
joelhos.
[editar]Celebração da Paixão do Senhor
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem
lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal
celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua
estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração
eucarística, a mais importante parte da missa católica.
A relembração da morte do Senhor consiste,
resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da
Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um
presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a
celebração segue esta estrutura:
Senhor Morto, escultura barroca do século XVIII,
Matriz de Pirenópolis
entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que
se prostram em adoração diante do altar.
oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías
(quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da
Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), narração ao Evangelho e leitura
do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma
dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da
missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos
fiéis e venerada ao som de cânticos.
Pai Nosso
Comunhão dos fiéis presentes. Usa-se pão que foi
consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
Oração depois da comunhão.
Oração sobre o povo.
Obs: Em muitas cidades históricas, como Paraty (RJ),
Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO), Rio Tinto (Concelho de
Gondomar em Portugal) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é
procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor
Morto, em que são cantados motetos em latim.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de
Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis
no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção
livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar
expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais
perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto
culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do
pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o
Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as
diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas, incluindo um texto de São João
Crisóstomo intitulado O Poder do Sangue de Cristo.
[editar]Sinais de penitência
A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem
alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo.
Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo
de ato que se refira a Prazer, não se pode ouvir músicas. Antes, essas
tradições começavam na quarta-feira santa, mas hoje em dia começa na
quita-feira santa depois do meio-dia e tem também encenações.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são
também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante
para a fé cristã.
SÁBADO DE ALELUIA
O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o
dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas
Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O
Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.
Na tradição católica, é costume os altares serem
desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia.
As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da
Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da
Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição
da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso
de morte.
Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes
mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais,
seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes
dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a
Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs,
do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um
jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado,também as pessoas que
contém o conhecimento mas antigo impedem de assistir tv,ouvir musica pois estão
em jejum nesse momento voçê está fazendo sacrificios mas consumo de quantidades
limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é
dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora
da Mãe", sem missa.
É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional
Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de
abril No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando
início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até
ao fim do Apocalipse.
DOMINGO DE PÁSCOA
Páscoa (do hebraico Pessach), significando passagem
através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado
pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais
importante festa da Cristandade Católica. Na Páscoa os cristãos católicos
celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação
(ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 dC. A
Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode
referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses,
desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Origem do nome (páscoa)
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah,
data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no
Egito.
A palavra Páscoa advém exatamente do nome em hebraico
da festa judaica à qual a Páscoa católica está intimamente ligada, não só pelo
sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do
inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade
na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo
os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra
Páscoa origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os
italianos de Pasqua , os franceses de Pâques, e também em outras línguas que
provavelmente não saiu do hebraico: latim Pascha, azerbaijano Pasxa, basco
Pazko, catalão é Pasqua, crioulo haitiano Pak, dinarmaquês Påske, Pasko em
esperanto, galês Pasg, Pasen em holandês, indonésio Paskah, Páskar em islandês,
Paskah em malaio, em norueguês påske, Paști em romeno, Pasaka em suaíle, påsk
em sueco e Paskalya em turco.
Os termos "Easter" (Ishtar) e
"Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter
qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas
relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de
Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada
todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda,
historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é
cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas
ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e
consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente), tiveram notórias
influências.
Páscoa Católica
A Páscoa católica-ortodoxa celebra a ressurreição de
Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro,
onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais
importante do Catolicismo.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se
dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou
Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário
judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do
Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a
"passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus
discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do
pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos
ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de
João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da
hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia da qual participou
Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22:16) teria ocorrido um pouco antes
desta mesma festividade.
A festa tradicional, segundo as concepções católica e
ortodoxa, associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos
pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário
voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta
época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer
Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura
um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando
alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos
da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na
mitologia romana, é Ceres.[1]
Páscoa no Judaísmo
Pessach
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10
pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os
primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por
sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de
Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as
portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos.
Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos
filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que
culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao
Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em
Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa
em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição
perpétua .
Tradições pagãs na Páscoa
Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos,
decorando-os com desenhos e formas abstratas; em grande parte dos países ainda
é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por
ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto,
este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera, lebres e ovos pintados
com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a deusa
nórdica Gefjun.
A lebre (e não o coelho) era o símbolo de Gefjun. Suas
sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de
uma lebre sacrificada. Claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra
mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que
suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.
A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e,
portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações
judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo
contemporâneo.
Cícera Maria
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