É bastante complexo o processo da terapia de grupo e guardam relação com processos da terapia individual centrada no paciente. Tal como na terapia individual centrada no paciente, os elementos do grupo devem captar a situação em que estão como dependentes das suas próprias personalidades. Trazem para a situação uma carga de ansiedade, produto dos seus esforços fracassados para estabelecerem efetivamente relação com as outras pessoas e essa ansiedade normalmente aumenta devido à natureza indeterminada da iminente experiência terapêutica. Cada elemento do grupo, se quiser beneficiar da terapia, deve encontrar no terapeuta e nos outros membros do grupo um sentimento autêntico de aceitação. Deve encontrar na situação de grupo cada vez menos necessidade de atitudes de defesa contra a ansiedade que o torna tão ineficaz na sua vida com os outros e tão infeliz na vida consigo mesmo.
Como na terapia individual, deve sentir-se cada vez mais livre para se analisar a si mesmo, com a certeza de que encontrará uma compreensão da sua vida tal como a vê e que será respeitado como pessoa em todas as etapas do caminho.
Logo na primeira sessão atrás transcrita verificamos que os membros do grupo estão muito abertos uns aos outros, apercebendo-se um pouco do apoio que já estava então presente, e que aumentaria com a continuação dos encontros. Kay foi capaz de falar de uma ferida que reservara para si durante dois anos. Jane revelou-se perante as outras mulheres presentes, risco que antes não ousara, segundo as notas do seu diário sobre os encontros. Mary, Laura e Betty esboçaram a origem da sua infelicidade. Apenas Anne esteve hesitante e insegura, permanecendo calada durante esta e outras sessões até confiar no apoio do grupo, descrevendo então os medos e os sonhos torturantes que tinha e conseguindo talvez no fim mais do que qualquer outro elemento do grupo"
PSICOPEDAGOGA- CÍCERA MARIA |
Uma característica da terapia individual que não esperaríamos encontrar na terapia de grupo é a sensação do sentido e da singularidade do objetivo.
Os grupos, tanto no conteúdo como nos sentimentos, crescem no sentido de uma notável coesão paralela à unidade patente na terapia individual.
PSICÓLOGO, -PSICOTERAPEUTA - CARL ROGERS |
O que essencialmente o terapeuta procura fazer é reconstruir o campo perceptivo do indivíduo no momento da expressão e comunicar essa compreensão com habilidade e delicadeza. Os diversos termos que se utilizaram para descrever os tipos de proposições que o terapeuta formula na terapia individual — tais como clarificação dos sentimentos, reflexo dos sentimentos, reformulação do conteúdo, simples aceitação, estruturação e outros — também se aplicam na situação de grupo. Devíamos mencionar de passagem outras semelhanças. A preocupação pelo diagnóstico é mínima, não se confia na interpretação como instrumento terapêutico, não se considera o conhecimento claro como um agente essencial de mudança no processo de aprendizagem, as atitudes de transferência são encaradas como todas as outras expressões afetivas, e considera como previsão mais eficaz do êxito possível da terapia a própria experiência.
Essas são as semelhanças entre a terapia individual e a terapia de grupo. Vejamos, agora, as diferenças entre ambas.
CÍCERA MARIA
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